CMN realiza Fórum com pesquisadores e instituições para discutir a defesa da Amazônia
Coluna Luís Celso Borges - Edição da sexta-feira
O Comando Militar do Norte (CMN) promoveu, na terça-feira (9), o segundo encontro do Fórum Permanente de Segurança e Defesa da Amazônia Oriental. A iniciativa busca fortalecer o diálogo entre instituições militares, academia e sociedade civil, a partir dos desdobramentos da COP 30, realizada em Belém este ano, com foco na Amazônia Oriental.
O Fórum foi criado para ampliar a cooperação entre órgãos públicos e privados e tem como objetivo consolidar estratégias voltadas à defesa, proteção e desenvolvimento sustentável da região, fortalecendo a presença do Estado, a soberania nacional e a preservação dos recursos naturais e das populações amazônicas.
A abertura do evento foi realizada pelo Comandante Militar do Norte, General de Exército Vendramin, que destacou a importância da iniciativa para debater temas comuns de segurança e defesa e propor soluções locais, mantendo uma interlocução regular. “Um dos objetivos do Fórum é elevar institucionalmente o nome das universidades da região. Nós, do Exército, percebemos que muitos estudos são de fora da área e entendemos que o conhecimento local das universidades é altamente relevante. Aqui se produz investigação científica sólida e forte. Quem vive o ambiente local tem mais legitimidade e mais vivência para entender a região”, afirmou o general.
O evento reuniu representantes da Universidade Federal do Pará (UFPA), Universidade do Estado do Pará (UEPA), Universidade da Amazônia (UNAMA), Centro Universitário do Estado do Pará (CESUPA), Instituto Evandro Chagas (IEC), Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (FAEPA) e Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA). Foram dez painéis com temas como a redução de emissões de gases de efeito estufa, insegurança alimentar e acesso à água potável, e inovação em bioeconomia na rota do açaí.

Povos tradicionais e políticas de segurança e defesa
No primeiro ciclo de apresentações, Gabriela de Paula Arrifan, professora da UFPA, falou sobre a participação ativa dos povos indígenas e de comunidades tradicionais na proteção dos biomas. “Esses povos têm uma visão diferenciada desse território; eles não têm a mesma lógica que a gente de acúmulo de patrimônio e de uso da terra para finalidades econômicas. Eles têm uma visão em que o território funciona como extensão do ser, do corpo, faz parte dos rituais e da cultura. Os ribeirinhos têm o território, seja floresta ou rio, como um elemento central da vida, de onde sai o sustento. Eles têm uma relação de interconexão. É muito importante que eles estejam participando ativamente de todas as discussões, porque são eles que estão ali”, destacou.
Outro tema abordado foi o crime transnacional e o financiamento climático, apresentado pelo Professor Murilo Mesquita, da UEPA. “Pensar os crimes transnacionais é pensar como atua o crime organizado transnacional; envolve considerar que exista uma articulação das forças de defesa e de segurança do Estado brasileiro com as instituições que formulam políticas públicas e produzem ciência no ensino superior. Essa produção científica serve para que as instituições do Estado utilizem esse conhecimento de forma a garantir a proteção e o monitoramento da soberania. Entender isso faz com que este Fórum de segurança e defesa, construído aqui no CMN, seja um palco tanto para as Forças Armadas quanto para as instituições públicas pensarem a Amazônia e a proteção do Estado”, afirmou.
Justiça climática, adaptação e resiliência às mudanças climáticas, impactos das mudanças climáticas na saúde e o papel do novo marco regulatório do licenciamento ambiental também foram assuntos abordados no evento. Outra exposição, realizada pelo General de Divisão Nagy, Chefe do Centro de Coordenação de Operações do CMN, relacionou os temas debatidos com as ações estratégicas do Exército Brasileiro na região.

Lançamento do Livro Verde
Na ocasião, o Comandante Militar do Norte também lançou a primeira edição do “Livro Verde”, publicação anual que reúne as principais ações do CMN na defesa e proteção do meio ambiente e na integração com a sociedade. O livro divulga temas como o apoio do Exército a comunidades indígenas e ribeirinhas, soberania e proteção das fronteiras. A publicação pode ser baixada no link.
Articulação Estratégica para a Amazônia
Este foi o segundo encontro do Fórum Permanente. O primeiro foi em setembro deste ano. A iniciativa foi concebida a partir do I Seminário de Segurança e Defesa da Amazônia Oriental no contexto da COP 30, também promovido pelo CMN em maio deste ano, com mais de 400 participantes entre autoridades militares e civis, profissionais e estudantes.
O Fórum foi um desdobramento do Núcleo de Estudos Estratégicos (NEE) do Comando Militar do Norte, criado em consonância com o Plano Estratégico do Exército Brasileiro. O NEE tem como metas fomentar a pesquisa em Defesa na academia e entre instituições civis e governamentais, contribuir para a disseminação da mentalidade de Defesa e ampliar a integração do Exército com a sociedade. (Foto e fonte: ACS/CMN).

ADM anuncia Amaury Camilo Valinote como novo Diretor de Negócios Premix e Aditivos no Brasil
A ADM, líder global em comercialização de grãos, insumos e soluções em nutrição humana e animal, anuncia a chegada de Amaury Camilo Valinote como novo Diretor de Negócios de Premix & Aditivos (P&A) no Brasil. Baseado em São Paulo, o executivo terá a missão de liderar a equipe nacional de vendas de Premix e Aditivos, impulsionar o crescimento da área, fortalecer a presença da companhia no mercado e ampliar o valor entregue aos clientes.
Com mais de 23 anos de experiência no segmento de nutrição animal no Brasil, América Latina e Ásia, Amaury construiu uma carreira sólida pautada por inovação, impacto e desenvolvimento contínuo da cadeia produtiva. O executivo é zootecnista pela Universidade Católica de Goiás, possui MBA em Gestão de Negócios pela Fundação Getulio Vargas (FGV), além de mestrado e doutorado em Qualidade e Produtividade Animal pela Universidade de São Paulo (USP), reunindo uma combinação de conhecimento técnico e visão estratégica orientada para performance, eficiência e competitividade no agronegócio. “Estou muito entusiasmado com a oportunidade de integrar o time da ADM e contribuir para o fortalecimento das parcerias com nossos clientes. Vamos trabalhar juntos para ampliar nossa atuação em P&A, acelerando inovação e entregando soluções que ajudem os produtores a superar os desafios atuais e futuros da produção animal”, afirma Amaury Camilo Valinote, novo Diretor de Negócios P&A da ADM. (Foto e fonte: www.edelman.com.br).

Porto de Santos prorroga desconto em tarifas para “navios verdes”
A Autoridade Portuária Santos (APS), empresa responsável pela infraestrutura pública do Porto de Santos, está prorrogando novamente, por mais 90 dias, o desconto que vem sendo dado desde 2023 na tarifa cobradas dos chamados “navios verdes”, com menos emissão de poluentes.
Os descontos são dados para embarcações com cadastro e pontuação/score positivo no Índice Ambiental de Navios (Environmental Ship Index – ESI), da Organização Marítima Mundial (IMO, na sigla em Inglês), e podem chegar a 15%. Aplicam-se ao uso das infraestruturas de acesso aquaviário, cobradas por tonelagem de porte bruto da embarcação.
A aplicação de desconto para navios ambientalmente mais eficientes é uma das alavancas do esforço da APS no combate ao risco climático. O setor marítimo responde por 80% do comércio mundial e 3% das emissões globais de gases de efeito estufa (GEE), segundo dados da IMO, tornando a transformação dos portos crítica para o cumprimento das metas do Acordo de Paris (tratado internacional adotado em 2015 para reduzir emissões de GEE no sentido de limitar o aumento da temperatura a 1,5°C acima dos níveis pré-industriais). O Porto de Santos busca liderar a transição energética no setor aquaviário nacional.
Desde 2023, o desconto tarifário ofertado a navios e terminais que adotam práticas sustentáveis é superior a R$ 40,6 milhões. Somente em 2025, a cifra ultrapassa R$ 16,8 milhões. São receitas de que a APS abre mão de arrecadar para incentivar a adequação a exigências globais. (Fonte: Ascom/Porto de Santos).

Santos Brasil adquire guindastes elétricos de pátio e cais
A Santos Brasil adquiriu, na China, dois portêineres — guindastes de cais — e oito RGTs — guindastes de pátio — que já estão a caminho do Tecon Santos a bordo no navio Zhen Hua 28. A iniciativa faz parte do plano de modernização e descarbonização do terminal, que prevê investimentos de cerca de R$ 300 milhões.
Para o diretor de Operações de Terminais Portuários de Contêineres do complexo, Bruno Stupello, a empresa segue com o propósito de criar soluções que garantam uma competitividade diferenciada ao comércio exterior brasileiro e aos seus clientes. "Ao mesmo tempo em que fazemos investimentos em tecnologia e no aumento da produtividade, investimos numa melhor qualidade laboral para nossos funcionários, que passam por rigoroso treinamento para operar essas novas máquinas", pontuou o executivo.
O navio Zhen Hua 28 tem previsão de chegar ao Porto de Santos na primeira quinzena de janeiro. Os equipamentos são transportados montados sobre o convés do navio. No terminal, eles serão descarregados por meio de trilhos que conectam a embarcação ao cais.
Segundo o complexo, a operação padrão deve começar em fevereiro. A movimentação remota, no entanto, só será iniciada meses depois, já que depende de testes de sensores, configuração das mesas, além de treinamento de funcionários, o que pode levar até um ano. (Foto e fonte: Mundo Logística).

Uma maravilhosa e abençoada sexta-feira a todos, a coluna volta no domingo com a cobertura do Comando do 4º Distrito Naval. DEUS É BOM.
Por: Luis Celso Borges - Agência Logística de Notícias
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