Acidentes causam 4,5 mais prejuízos do que roubo de cargas no transporte rodoviário
Levantamento da Pamcary informou que ocorreram 0,53 roubos contra 2,36 acidentes a cada 10 mil viagens nas estradas brasileiras em 2024

O roubo de carga não é o maior causador de prejuízos ao transporte rodoviário de carga no Brasil atualmente. Uma pesquisa da Pamcary constatou que acidentes foram responsáveis por 62% das perdas em estradas brasileiras em 2024.
De acordo com o levantamento, a cada 10 mil viagens ocorreram 0,53 roubos contra 2,36 acidentes, onde 36% dessas ocorrências envolveram terceiros. Dessa forma, o número de acidentes com caminhões é 4,5 vezes maior do que eventos com roubo de carga.
Os dados também revelaram que tombamentos e capotagens foram as ocorrências mais frequentes (54%), bem como os acidentes envolvendo veículos com produtos perigosos e poluentes (40,4%).
SUDESTE É LÍDER EM ACIDENTES
Segundo a pesquisa da Pamcary, 40,6% dos acidentes do primeiro semestre de 2025 aconteceram na região Sudeste, seguida pelo Nordeste, com 22,7% das ocorrências.
As rotas entre São Paulo e Rio de Janeiro e entre Minas Gerais e São Paulo são as mais inseguras para os caminhoneiros. Os dados mostraram que BR-116 é a estrada onde ocorrem mais acidentes, em especial no trecho paulista. Já no estado mineiro, 92% dos acidentes acontecem na BR-381.
Em relação aos roubos, conforme o relatório “Análise de Roubo de Cargas”, divulgado pela nstech, o Rio de Janeiro respondeu por 56,6% das perdas registradas em junho, enquanto São Paulo ficou com 3,7%. Em relação a rodovias, a nstech informou que a BR-101 liderou o número dessas ocorrências, com 14,7% dos prejuízos registrados no país no primeiro semestre de 2025.
GASTOS AO TRC
Outra pesquisa, que se baseia nos dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF), a Confederação Nacional do Transporte (CNT) estima que, em 2024, os custos com acidentes e mortes nas rodovias federais envolvendo veículos de carga custaram ao país R$ 5,1 bilhões contra R$ 1,2 bilhões de roubos.
SEGURO CAMINHONEIRO
Esses dados reforçam a importância do seguro caminhoneiro. Desde julho de 2025, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), exige que transportadores rodoviários de carga tenham o seguro para cobrir danos provocados a terceiros por caminhões carregados.
A cada viagem contratada, o chamado Responsabilidade Civil de Veículo (RC-V) precisa ser feito pelo transportador no nome e CPF do caminhoneiro. A norma determina que é proibido fazer a cobrança do caminhoneiro ou descontar do frete.
Desde 2023, o seguro RC-V passou a ser um dos três seguros obrigatórios do transporte rodoviário de cargas e, sem sua comprovação, o transportador pode ter suspenso o seu Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Cargas (RNTRC).
No início de setembro deste ano, a ANTT publicou portaria que normatiza a sua fiscalização, ou seja, as formas como os transportadores devem comprovar a contratação dos três seguros. Segundo a ANTT, está prevista a fiscalização inclusive nas rodovias.
Fonte: Redação - Mundo Logística
Via: Agência Logística.com.br
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