Simpósio Internacional sobre Segurança nas Operações Offshore

Coluna Luis Celso Borges - Edição da sexta-feira

Simpósio Internacional sobre Segurança nas Operações Offshore

Na quarta-feira (25), o Vice-Almirante (RM1) e diretor da Agência Nacional dos Transportes Aquaviários (ANTAQ), Wilson de Lima Filho, a convite do Comandante Carlos Müller, Presidente do SINDMAR, teve a satisfação de conduzir a palestra de abertura do “Simpósio Internacional sobre Segurança nas Operações Offshore”. Evento ocorrido no Salão Mauá do Edifício RB1 no RJ. Evento foi altamente prestigiado, com participantes de inúmeros países, inclusive uma representante da WMU. Na ocasião apresentou as atribuições e novidades da Antaq no contexto dos novos desafios da indústria marítima.

“Excelente evento focado no(a) trabalhador(a) marítimo(a), maior patrimônio da indústria marítima nacional! Agradeço o convite e parabenizo o Presidente Carlos Müller e demais organizadores do importante evento”, palavras do Vice-Almirante Wilson de Lima Filho.

Antaq aprova contribuições sobre concessão da Hidrovia do Rio Paraguai 

A diretoria colegiada da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) aprovou as contribuições recebidas durante a consulta pública sobre a Hidrovia do Rio Paraguai, na quarta-feira (25). O projeto é estruturado em parceria com o Ministério de Portos e Aeroportos (MPor) e visa a concessão da primeira hidrovia do Brasil. A proposta integra as ações prioritárias do Novo PAC.

O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, destacou a relevância estratégica da concessão como parte dos esforços do governo federal para modernizar a infraestrutura logística brasileira, com foco na sustentabilidade e no fortalecimento da navegação interior. Para ele, a iniciativa representa um avanço expressivo na consolidação de um modelo logístico mais eficiente e ambientalmente responsável. “O Brasil avança em uma agenda moderna, voltada à sustentabilidade e à eficiência logística. A concessão da Hidrovia do Rio Paraguai será um divisor de águas para o desenvolvimento da navegação interior no país, trazendo benefícios diretos à economia e à população”, afirmou.

A consulta pública contou com ampla participação de representantes do setor público, da iniciativa privada e da sociedade civil, segundo a Antaq. O processo contou também com duas audiências públicas, uma em Brasília e outra em Corumbá (MS), cidade onde se inicia o trecho Sul do Rio Paraguai, que será concedido. A análise e a incorporação das sugestões recebidas aprimoram os estudos técnicos e jurídicos que embasam o modelo de concessão.

A próxima etapa será a consolidação dos estudos finais, que serão submetidos ao Tribunal de Contas da União (TCU). Após a aprovação do órgão de controle, o edital será publicado e o leilão poderá ser realizado.

Hidrovia

A Hidrovia do Rio Paraguai tem cerca de 600 quilômetros de extensão em território brasileiro e é estratégica para o escoamento de cargas no Centro-Oeste. A concessão compreende o Tramo Sul, o Canal do Tamengo e as infraestruturas associadas, abrangendo o trecho entre Corumbá (MS) e a foz do Rio Apa.

Quando leiloada, será a primeira concessão hidroviária do Brasil, representando um marco regulatório e logístico que tem potencial para inspirar projetos semelhantes em outras bacias navegáveis do país. (Foto e fonte: NE News). 

Custo do diesel impacta frete e desafia transporte rodoviário de cargas no Brasil

O transporte rodoviário de cargas, responsável por mais de 65% da movimentação de mercadorias no Brasil, está sendo diretamente impactado pela combinação de inflação persistente e custos operacionais em alta. A elevação recente nos preços dos combustíveis e serviços logísticos reacendeu a preocupação com o repasse desses custos ao consumidor final e trouxe à tona os desafios estruturais de um setor essencial para a economia nacional. A avaliação é da Transvias.

Dados do IBGE mostram que o grupo "Transportes" foi o segundo com maior impacto no IPCA de 2023, com alta acumulada de 7,14%. A gasolina, item de maior peso individual no índice, subiu 12,09%, enquanto o etanol avançou 17,58%.

O óleo diesel, combustível central para o transporte de carga, apesar de ter caído 3,18% no IPCA, ainda custa, em média, R$ 5,94 o litro nas bombas, segundo levantamento da ANP de maio de 2025 — uma redução tímida frente à deflação registrada pela Petrobras nas refinarias (-34,9% desde janeiro de 2023), que não chegou aos postos com a mesma força.

Outros custos também seguem em alta. As tarifas de pedágio foram reajustadas em 4,1% neste ano, segundo a Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR). Em rodovias como Régis Bittencourt e Fernão Dias, que conectam regiões estratégicas, os valores ultrapassam R$ 100 em viagens de ida e volta para veículos comerciais. “Estamos lidando com um efeito cascata. O combustível sobe, o pedágio encarece, o custo da manutenção aumenta com a alta de peças — e tudo isso pressiona o valor do frete. Mas não há espaço proporcional para repasse, principalmente em contratos fixos ou no transporte fracionado. Isso reduz a margem e impõe ajustes severos nas operações”, afirmou o gerente de novos negócios da Transvias, Célio Martins.

TRANSPORTE FRACIONADO GANHA FORÇA

Diante desse cenário, o modelo de transporte fracionado tem ganhado espaço por permitir o compartilhamento de cargas em um mesmo veículo, diluindo custos e otimizando rotas. De acordo com o ILOS, o segmento cresceu 40,05% em 2024, impulsionado pelo avanço do e-commerce e pelo aumento no número de centros de distribuição.

O Transvias, com mais de 12 mil transportadoras cadastradas, registrou um aumento de 39,5% nas buscas por cotações de fretes fracionados em 2024. O número saltou de 693 mil para quase 971 mil consultas na plataforma em um ano, com destaque para a região Nordeste, que teve crescimento de 90,46%. “Estamos vivendo uma descentralização logística. Com o custo de transporte encarecendo, a proximidade entre fornecedor e consumidor se torna mais estratégica, e isso amplia a demanda por rotas novas e transportadoras regionais, algo que o Transvias ajuda a mapear e conectar com eficiência”, explicou Martins.

O cenário tem sido especialmente desafiador para pequenas e médias transportadoras, que operam com margens menores e maior dependência de combustíveis fósseis. Segundo a NTC&Logística, 62% das empresas do setor relataram redução na rentabilidade no primeiro trimestre de 2025. Além disso, 47% informaram que estão renegociando contratos ou reduzindo rotas para manter a operação viável.

A Transvias tem investido na ampliação de serviços, lançamento de novos produtos e integração com marketplaces e sistemas de gestão logística. A edição mais recente do "Guia Geral dos Transportes" teve um aumento de 20% no número de empresas cadastradas em relação ao semestre anterior, ampliando a cobertura para 1,4 milhão de rotas no Brasil e no Mercosul. (Fonte: Mundo Logística).

Uma maravilhosa e abençoada sexta-feira a todos, a coluna volta no domingo. (Deus é bom – Em todo tempo).

Via: Agência logística de Notícias

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