Logística refrigerada: os desafios por trás do transporte de medicamentos que mantém a indústria farmacêutica em movimento
De canetas para emagrecimento a medicamentos de alto custo, como a cadeia de suprimentos farmacêuticos se beneficia com uma logística precisa e altamente controlada

No setor farmacêutico, cada grau importa. Garantir que vacinas, insumos laboratoriais e medicamentos termossensíveis cheguem com segurança ao destino final exige mais do que infraestrutura adequada, requer uma parceria estratégica com operadores logísticos preparados para lidar com os desafios críticos de temperatura, tempo e controle. Para os profissionais da indústria, que sabem que a estabilidade do produto impacta diretamente na eficácia terapêutica, contar com uma logística refrigerada precisa é essencial para assegurar a confiança do mercado, evitar perdas e garantir o sucesso dos tratamentos. “Transportar produtos farmacêuticos não é como movimentar uma carga comum. Tudo precisa estar identificado e classificado corretamente desde o início: se é matéria-prima, insumo hospitalar, aparelho ou produto acabado. Essa informação define desde a prioridade de embarque até o tipo de inspeção que a carga sofrerá. Estamos falando de itens que, se expostos à temperatura incorreta por algumas horas, podem perder completamente sua eficácia, com prejuízo financeiro, risco sanitário e até desabastecimento hospitalar. Por isso, cada hora e cada grau contam”, explica Iluina Silva, consultora logística da Next Shipping, especializada nesse tipo de transporte de cargas.
Falhas nesse tipo de operação podem comprometer toda uma cadeia produtiva e assistencial. A perda de uma remessa por variações térmicas, contaminações ou atrasos em processos alfandegários exige o descarte imediato da carga e acarreta riscos à saúde pública, especialmente para medicamentos que seguem direto para a linha de produção. É o caso de produtos como a metformina, amplamente utilizada por pacientes com diabetes, cuja entrega precisa ocorrer semanalmente, com precisão absoluta. Além disso, itens como as canetas medicinais injetáveis, populares em tratamentos de emagrecimento, demandam refrigeração constante do ponto de origem até o destino final.
Nesses contextos, a operação logística deve garantir rastreabilidade total, validação térmica e soluções técnicas adaptadas para cada cenário. Durante a pandemia, essa realidade foi ainda mais crítica. Muitos insumos chegavam da Índia e precisavam ser entregues no Brasil em menos de 48 horas (contra os 7 a 9 dias habituais em trânsitos comerciais), um prazo desafiador diante de uma malha logística global congestionada.
A especialista conta que um transporte inadequado pode resultar na perda de lotes inteiros, gerando prejuízos financeiros significativos para a empresa, uma vez que diversos medicamentos podem ser inutilizados. “De acordo com o grau de complexidade do transporte, desenvolvemos soluções personalizadas, sempre garantindo a estabilidade térmica da carga. A matéria-prima precisa chegar exatamente no momento em que será utilizada, pois qualquer desvio, mesmo que mínimo, pode causar impactos críticos no processo produtivo da indústria farmacêutica”, explica Iluina.
No modal aéreo, produtos farmacêuticos bem identificados são classificados com prioridade, o que garante embarque mesmo em voos lotados. Já no modal marítimo, embora o controle também seja rigoroso, a lógica muda: não há prioridade de descarga, mas o cuidado recai sobre a estufagem, ou seja, a maneira como a carga é acondicionada no contêiner, além do registro da temperatura ao longo do percurso. No entanto, dependendo da característica do produto, como os que exigem temperatura ambiente, a estratégia muda. “Os congelados vão a -1ºC e seguem. Já a temperatura ambiente exige verificação a cada seis horas pela tripulação. É obrigatório ter uma embalagem identificada logo na porta, pois a Anvisa abre os contêineres assim que chegam, e retira amostras para cruzar com a documentação, com um dispositivo que registra toda a curva térmica da viagem. Qualquer variação registrada pode invalidar o lote”, afirma.
A Next Shipping também opera com cadeias ultra congeladas, como as que exigem transporte a -70ºC. Nesse caso, é necessário obter autorização do comandante do navio ou piloto da aeronave, além de disponibilizar pessoal de bordo treinado para monitoramento contínuo. “Para lidar com tamanha complexidade, nós oferecemos soluções personalizadas de acordo com o perfil da carga, sua origem, destino e características físico-químicas. Isso inclui rotas aéreas planejadas com paradas técnicas, utilização de embalagens térmicas especiais e seleção criteriosa de agentes logísticos parceiros. Analisamos cada pedido detalhadamente: se o produto é congelado ou apenas refrigerado, qual o intervalo térmico, qual o melhor tipo de aeronave e quais as escalas necessárias. Tudo influencia”, diz a especialista.
O portfólio de cargas da empresa inclui atualmente uma ampla gama de produtos para o segmento farma: medicamentos de alto custo, matérias-primas, vacinas, agulhas, tubos de ensaio, canetas injetáveis, microscópios, e até insumos para licitações públicas. Muitos desses itens são importados da Índia e da China, polos industriais que concentram boa parte da produção mundial de matéria-prima farmacêutica. “Recentemente, enviamos um profissional à Índia para acompanhar pessoalmente a estufagem de equipamentos de expansão de uma fábrica brasileira. São detalhes que fazem diferença no resultado final”, comenta Iluina.
Certificação e capital humano
Entre os clientes atendidos, estão empresas como BMR, Joãomed e Descarpack, além de hospitais, laboratórios privados, órgãos de saúde pública e importadores especializados. E para garantir conformidade e qualidade nas operações, a Next Shipping possui a certificação WCA Pharma, referência global para transporte farmacêutico. Mas além dos selos, o capital humano é apontado por Iluina como o principal diferencial. “Além das certificações, nosso time é montado por pessoas com conhecimento técnico e sensibilidade operacional, que sabem perguntar, interpretar e propor soluções sob medida para nossos parceiros. É isso que realmente faz diferença. Entendemos a operação farma como ela é: delicada, cara e vital. Nosso papel é tornar isso viável e seguro”, conclui.
Sobre a Next Shipping
Sediada em Itajaí, Santa Catarina, a Next Shipping é uma empresa de logística internacional que, em apenas sete anos, se consolidou como líder no setor, oferecendo soluções inovadoras em transporte marítimo, aéreo, projetos especiais, seguro internacional e logística integrada. Com um compromisso inabalável com a gestão de pessoas, a empresa já acumula mais de 20 prêmios e é a companhia brasileira de comércio exterior mais premiada por suas ações internas. Sua trajetória de sucesso é construída sobre a premissa de que, para alcançar resultados excepcionais, é necessário primeiro cuidar das pessoas.
Fonte: JN Assessoria de Imprensa
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Via: Agência Logpistica de Notícias
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