Seguro internacional de cargas: proteção vai além do mar e garante segurança do início ao fim da operação logística

Assunto ganha força na Semana Mundial do Meio Ambiente, em função dos impactos ambientais causados pelos incidentes envolvendo contêineres nos oceanos

Seguro internacional de cargas: proteção vai além do mar e garante segurança do início ao fim da operação logística

O recente naufrágio do porta-contêineres MSC ELSA 3, de bandeira liberiana, próximo à costa de Cochim, na Índia, reacendeu o debate sobre a importância do seguro internacional de cargas. O acidente, ocorrido na madrugada de 25 de maio, levou ao fundo do mar mais de 640 contêineres, alguns com carga perigosa, e evidenciou que imprevistos logísticos podem gerar prejuízos imensos — tanto para quem vende quanto para quem compra.

O tema já havia ganhado atenção em abril deste ano, quando três contêineres caíram de um navio atracado no Porto de Itajaí, em Santa Catarina, e foram parar no Rio Itajaí-Açu, causando transtornos e prejuízos financeiros. Casos como esses ilustram os riscos do transporte internacional e nacional de cargas, e reforçam o papel fundamental do seguro logístico adequado em todo o processo.

Seguro vai além do transporte marítimo

Engana-se quem pensa que o seguro internacional de cargas se aplica apenas ao transporte marítimo. Na verdade, ele cobre toda a cadeia logística, desde a retirada da mercadoria no exportador, passando pelo embarque internacional, desembarque no porto brasileiro, transporte rodoviário, até a entrega final ao importador no Brasil.

Para a especialista em comércio internacional Cristiane Fais, CEO da Accrom Consultoria em Logística Internacional, muitos importadores ainda desconhecem a abrangência e a importância desse tipo de seguro. "O seguro internacional de cargas não é só uma formalidade. Ele protege o cliente em todas as etapas da operação. Desde o momento em que a mercadoria sai do armazém do exportador até chegar ao destino final aqui no Brasil, muitos riscos estão envolvidos — extravios, acidentes, avarias, furtos e até desastres ambientais", explica Cristiane.

Ela compara a situação a um problema conhecido por muitos: "Se já é comum extraviar bagagem em aeroporto, imagine o que pode acontecer com uma carga valiosa, que passa por vários países, portos e rodovias?"

Risco também nas estradas

Além dos riscos no transporte marítimo, as rodovias brasileiras também representam um desafio à segurança das cargas. Acidentes, furtos e condições precárias de infraestrutura aumentam o risco para mercadorias de alto valor. "Quem importa sem seguro corre um risco enorme. Se houver um acidente durante o transporte terrestre, por exemplo, o comprador pode ser responsabilizado por tudo, inclusive pelos danos ambientais ou a terceiros", alerta a especialista.

Cristiane destaca ainda que, antes de contratar uma transportadora, o importador ou exportador deve verificar a legalidade da operação: "É fundamental que o contratante busque empresas idôneas, com toda a documentação e seguros em dia. Se a transportadora não tiver as anuências exigidas por lei e ocorrer algum incidente, o contratante será corresponsável, inclusive podendo responder judicialmente", adverte.

 

Fonte: DAVID ROBERTO FLORIM
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Via: Agência Logística

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