Doença da vaca louca: riscos e prevenção para seu rebanho
Mantenha seu gado seguro e evite grandes prejuízos: entenda os riscos, os sintomas e as medidas de prevenção contra a doença da vaca louca.

A doença da vaca louca, conhecida tecnicamente como encefalopatia espongiforme bovina (EEB), é um problema sério que ataca o cérebro do gado e de outros ruminantes, como ovelhas e cabras. É uma doença fatal, sem tratamento, que causa problemas neurológicos graves nos animais.
O que causa a doença da vaca louca são os príons. Eles são proteínas com uma forma “errada” que, ao entrarem no corpo do animal, começam a estragar o cérebro de forma progressiva e sem volta. Diferente de vírus e bactérias, os príons não têm material genético.
Como o animal pode pegar a doença?
Geralmente, o contágio acontece de três formas:
- Pelo alimento: É a maneira mais comum, quando o animal come algo contaminado com os príons.
- Por genética: Transmissão de mãe para bezerro.
- De forma espontânea: Quando a doença aparece sem uma causa clara.
Fique atento aos sintomas que o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) destaca: o animal pode começar a ter paralisia, mudar seu comportamento (ficar mais agressivo ou assustado), andar de forma estranha (cambaleando) e ter dificuldade para se levantar. Se notar algo parecido, procure um veterinário imediatamente.
Como evitar a contaminação: práticas seguras na fazenda
Para proteger seu rebanho e evitar a doença da vaca louca, o Mapa proíbe o uso de alguns produtos na alimentação dos bovinos. É fundamental seguir essas regras.
Nunca use na alimentação de bovinos:
- Farinhas de origem animal: Isso inclui farinhas de carne e ossos, de vísceras, de sangue, de pena, entre outras.
- Ração de animais monogástricos: São rações feitas para animais como porcos, galinhas, cães, gatos, cavalos, peixes e coelhos.
- Restos e sujeiras de fábricas de ração de monogástricos: Aquela “varredura” que sobra da produção dessas rações.
- Dejetos de porcos.
- Cama de aviário: É o material que fica no chão dos galinheiros (também conhecido como cama de frango ou fundo de granja).
- Esterco de galinhas poedeiras.
Outras dicas importantes do Map para evitar a contaminação cruzada:
- Armazenamento: Evite guardar a ração de monogástricos no mesmo lugar da ração dos bovinos.
- Embalagens: Não reutilize embalagens que tiveram rações diferentes.
- Equipamentos: Não use o mesmo equipamento (como máquinas de transporte ou misturadores) para rações de bovinos e de outros animais.
- Acesso: Nunca permita que o gado, as ovelhas ou as cabras tenham acesso ou comam a cama de frango.
Seguir essas práticas ajuda a garantir que os alimentos do seu rebanho estejam livres de contaminação.
Impactos da doença da vaca louca na pecuária brasileira
Desde 2013, o Brasil é reconhecido pela Organização Mundial da Saúde Animal (OMSA) como um país com risco muito baixo para a doença da vaca louca. No entanto, os órgãos de fiscalização estão sempre alerta e trabalhando na prevenção. Um único caso da doença pode trazer grandes prejuízos para o setor.
Por exemplo, países que registram casos de doença da vaca louca podem ter a venda de carne bovina proibida para outros mercados, gerando perdas enormes nas exportações. Além disso, o medo de consumir carne contaminada pode fazer com que a própria população brasileira compre menos carne, afetando diretamente os criadores. Lidar com um surto da doença, o abate de animais infectados e todas as medidas de controle custam muito caro tanto para o governo quanto para os pecuaristas.
Por isso, seguir as orientações do Mapa para evitar a doença da vaca louca não é só uma questão econômica, mas também de saúde pública, já que a doença pode, em alguns casos, ser transmitida para humanos e ser fatal. Cuidar do seu rebanho é cuidar do futuro da sua produção e da saúde de todos.
Fonte: Cassia Carolina - Canal Rural
Por: Agência Logística de Notícias
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